domingo, 29 de novembro de 2009

Graça

Maria das Graças...
Graça...
Tia Gracinha...

Haveria forma mais correta de chamá-la? Graça...

Minha Tia Gracinha é dessas pessoas que enchem o mundo de alegria... Ela é única... Suas roupas coloridas... Seu otimismo... Seu altruísmo... Um jeito de ser que contagia o mais gelado dos corações...

Se há algo que me faz feliz é fechar os olhos e lembrar de suas gargalhadas...
O doce som de sua voz, ecoado de um tempo passado, me dizendo "digo digo" faz lágrimas escorrerem de meus olhos... Não é nada... Só uma saudade sem fim da minha amada madrinha... A quem devo boa parte do que me tornei hoje...

Tenho tantas lembranças... Sempre me pego rindo quando encho meu prato de farinha, afinal por inúmeras vezes esperei você chegar da praia para me sentar ao seu lado na mesa e vê-la comer aquele monte de farinha... Parece coisa pequena... Mas não é... O amor está nos detalhes dessa caminhada que chamamos vida...

E há palavra mais correta para dizer o que sinto quando penso na minha madrinha? Amor...

Já falei uma vez e repito aqui: seria preciso viver umas dez vezes para poder pagar tudo o que fez por mim... Dizer que te admiro é pouco...

Queria poder te abraçar nesse dia... Infelizmente não estou aí com todos para dizer o quanto és especial... Dedico este singelo texto então...

Um beijo grande desse seu sobrinho que nunca a esquece.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

33...

Eu sei... É só daqui a dois dias... Mas quero escrever hoje... Aliás, há muito tempo que estou órfão de mim mesmo... A necessidade não diminuiu, apenas a razão que se tornou maior... Esmagadora... Sufocante...

33 anos...
Para nós Cristãos uma idade repleta de simbologia... Sempre me imaginei como estaria por estes passos da minha vida...
O Rodrigo criança sonhou estar no meio da floresta amazônica, estudando bichos e defendendo seus ideais de amor à natureza... Ah! como divagava aquele menino...
O Rodrigo adolescente, mais lúcido, se pensou em um consultório de veterinária... Precisava ganhar dinheiro para voltar a fantasiar com o verde de nossas matas...
O Rodrigo adulto... Este imaginou mil e uma coisas... Algumas conquistou, outras abandonou e tantas lhe faltaram forças para lutar por... Seria uma decepção para os outros "Rodrigos", mas está feliz... É... Está feliz sim...

33 anos...
Ainda preciso escrever um livro... Há rascunhos dele por aqui e por ali... Escreverei daqui a 20 anos, para reavivar lembranças que aos poucos se apagarão... Quem saberá?

Enfim... Sinceramente... Não tenho do que reclamar...
Afinal, este filho de Ana Maria Costa Silva, neto de Conceição Costa Silva e sobrinho neto de Silvia Costa França já recebeu até prêmio das mãos de um ministro da República... Já amou e foi amado... Já brigou e chorou (e ainda chora)... E o resto deixamos para depois...

Parabéns Rodrigo!!! Que as cicatrizes sirvam de estímulo para lhe mostrarem que não existe vitória sem batalha...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

E por fim...

E por fim, em meio a passos intrépidos andarilhou pelo precipício da dor uma última vez, gritou com voz rouca e cansada para o vazio que teimava em não ouvi-lo. E se encheu de si mesmo, suava frio e seu coração ameaçava parar.
E por fim permaneceu ali na esperança insensata de uma última vez ter a chance de recomeçar, não do ponto onde parou mas de forma nova redigir outra peça para o teatro da vida que o sufocava.
E por fim lastimou ter tentado em vão, noites mal dormidas pensando, e apenas pensando, planos infalíveis que sempre teimavam em falhar no dia seguinte, maneiras de chamar a atenção de alguém que há muito olhava para o lado oposto ao seu.
E por fim praguejou o destino, insistente em dizer-lhe por infinitas coincidências que o fim da história não estava lá atrás, xingou um presente ausente e pigarreou.
E por fim, parou de vasculhar aqui e ali recados escondidos ou mensagens dissimuladas, não, elas nunca mais apareceriam.
E por fim se foi, chorando, sofrendo, mas se foi...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

!

"Eu sentiria sua falta mesmo que nunca a tivesse conhecido."

Ouvi a frase acima em um filme que comecei a ver sem qualquer pretensão de divertimento.
Nem sempre tudo que esperamos acontece... Mais ainda... Às vezes, coisas tão despretensiosas se mostram surpreendentemente eternas e significativas... Como o conteúdo de uma frase qualquer em um filme à tarde...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Cansaço...

O amor é uma grande caminhada, sem objetivos, sem nexos de causalidade, sem diretivas ou paradigmas, ao menos as mais complexas, apenas um andar por entre paisagens, tantas vezes magnificamente belas e por outras melancolicamente escuras.

O amor é a falta de reticências, é a finalidade não almejada mas conquistada e abandonada, é um eterno ir e vir, é girassol em dia de chuva, é arco-íris acima das nuvens, é lua cheia em madrugada fria, é o chegar e o ir embora, sem motivo aparente e na verdade com toda motivação possível. É o choro contido, o desespero reprimido.

A gente se cansa e olha ao longe o que há, ainda, por caminhar. Desanima. Sinto falta dos três pontinhos a me ajudarem em pensamentos soltos. Só que hoje não é o dia deles. Não. É dia de idéias presas, de reflexões intensas que não levam a lugar nenhum, pelo simples fato de o amor ser persistente. Cem vezes se decepcionará e outras mil tornará a se levantar.

Afinal, quem pode questionar o amor? Quem pode passar pela vida sem caminhar? Quem pode?

Nos cansamos, é inevitável. Sentamos e baixamos a cabeça. E a vida vai passando sem que o caminho se desfaça. Daí nos damos conta que já o percorremos por muito tempo, não existe forma de voltar. Resignados seguimos em frente. E vale à pena ir assim? Desesperançados? Não. Então paramos e nos detemos ao menor sinal de beleza lúcida às margens da via. E reavivamos a chama. Os músculos se enchem de energia mais uma vez e no coração uma certeza se faz presente.

É preciso amar. Ainda que seja muito tarde, ainda que a felicidade se torne intermitente, ainda que o caminho esteja nublado, ainda que os versos permaneçam curtos, ainda que tudo indique o contrário.

Por enquanto, é isso.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sobre a solidão

Não sei se é o fato de ser filho único mas sempre gostei de ficar um tempo sozinho com meus pensamentos... Dizem que "cabeça vazia é oficina do diabo", só que comigo a solidão se fez companheira desde muito cedo, quer fossem nas brincadeiras solitárias, quer fossem nas horas em frente da TV... E isso a transformou em uma amiga necessária... Sempre estou de portas abertas para ela...
É difícil controlar os pensamentos quando estou totalmente só... Penso... Penso e penso... No passado, no presente e no futuro... Faço planos que se desfazem em seguida, lembro erros que apertam o coração, imagino mil e uma formas de mudar o mundo...
Eu gosto mesmo é de lembrar... E há coisas tão boas de serem lembradas e revividas ainda que só ali, naquele cantinho solitário do coração... Lembro da minha infância, dos valores que recebi e absorvi, de quando os confrontei em algum momento de minha vida, lembro de momentos que tempo algum há de apagar...

Vem solidão fica um pouquinho... Sempre espero por ti...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Justiça!

Justiça!
Rasga a venda que cega teus olhos... Olha a tua volta o resultado que anos de imparcialidade fizeram... Guarda tua espada e quebra os pratos da balança para dar de comer ao povo... Faminto... Faminto física, mental e espiritualmente... Estende teus braços e protege quem mais precisa... Coloca-os atrás de ti e que teu corpo seja muro intransponível aos males que perseguem teus cidadãos...

Justiça!
Tira as armas das mãos dessas crianças e jovens que deveriam brincar e estudar... Limpa as lágrimas dos pais que não podem alimentar os próprios filhos e mostra um futuro menos doloroso... Salva nossa fauna e flora da ganância dos inescrupulosos...

Justiça!
Prepara-te para a guerra que irá se seguir... Muitos erguerão vossos poderosos exércitos contra ti... Desembainha tua espada... Não para coagir os oprimidos a permanecerem inertes como ovelhas a esperar a hora do abate, mas para cumprir tua função essencial de defender quem mais clama por ti...

Justiça!
Quando caíres, cansada e machucada, durante o combate, verás que um filho teu não fugirá à luta e nem temerá, quem te adorará, a própria morte... Muitos pularão a tua frente para defender-te, com a própria vida se preciso for...

Justiça!
Nunca desanime e não descanse até o último de teus inimigos cair por terra... Só então ensinarás a teus cidadão viver em paz... Venda teus olhos... Arruma tua balança... E mantenha a espada... Mas fica atenta para não cometer o erro de assistir, impassível, qualquer faísca de injustiça...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Já é abril...

Já é abril...
O ano começou sem que o outro terminasse... Aliás, o outro ano também se iniciou sem o antecessor findar... E assim os dias se passaram...
Janeiro com sua alegria, fevereiro com a festa e março com suas águas... Salgadas como o gosto de uma lágrima... E foram várias...
Já é abril...
Fica a sensação de algo faltando... O desejo escondido e repetitivo do querer além... A felicidade ausente e presente... Vontade de gritar até ficar rouco...
Já é abril...
As folhas começaram a cair, o inverno está ali mais perto... O verão se fora sem deixar muita saudade, apenas o alento de que voltará no próximo ano...
Já é abril...
E o que me anima é que setembro chegará em breve... Porque o ano um dia há de recomeçar...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Aquele sorriso...

Às vezes, quando a saudade aperta, ele fecha os olhos e a imagina sorrindo...
É inexplicável...
Um sorriso infantil, meio sem-vergonha...
Um sorriso inocente, cheio de malícia...
Um sorriso de não querer, num querer sem fim...
Um sorriso de menina, na face de uma mulher...

Tão único e belo que o faria ficar horas só a admirando... E que bom seria inundar sua alma com a alegria de, simplesmente, olhá-la por um tempo que não acabasse, não se esvaisse num mar de solidão infindável...

Talvez não devesse querer nem esperar tanto... Mas quer e espera... Porque assim a vida se faz mais doce, mais pura, mais suportável... Assim esquece seus erros... Neste contar de horas até o momento de tê-la nos braços e dizer: "Oi! Sorri para mim?"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Porque a gente se acostuma...

Por que a gente se acostuma com a dor?
Com o desamor?

Por que a gente se acostuma com um não?
Com a solidão?

Por que a gente se acostuma com a anuência?
Com a ausência?

Por quê?

Por que se acostumar?
Por que parar de gritar?
De lutar?

A gente se acostuma a acordar cedo para ir trabalhar.
Se acostuma a comer doce depois do almoço.
Se acostuma a sentar na frente da TV e ver um programa.
Se acostuma a rir da piada sem graça.
Se acostuma a tantas coisas...

No entanto, não devia se acostumar com a tristeza...
Um não deveria ser um talvez, tempo de se reajuntar e tentar de novo...
Nunca deveríamos nos acostumar a perder pessoas...

Por que se acostumar?
Porque a gente, simplesmente, se acostuma...

Tudo começa aos poucos...
As conversas deixam de ser diárias...
Os encontros raros...
Telefonemas minguados...
Esquece-se de uma data especial...

E assim a gente se acostuma a seguir em frente...
A vida vai seguindo... E precisamos repetir isso tantas vezes não é? "A vida segue".
Por quê?
Por que a vida segue?

Porque a gente se acostuma...

terça-feira, 24 de março de 2009

E foi assim...

Era 24 de março de 2005. Quinta-feira, faltavam 3 dias para o domingo de páscoa.

Uma ultrapassagem em local proibido, um chamado no rádio, um encontro inesperado... Mas que os dois esperavam há algum tempo...

Era o único mês em que ele trabalhava ali, Lagoa Vermelha/RS. Ela decidiu na última hora seguir viagem para Alecrim/RS. Ele nasceu em Vitória/ES. Ela em Santa Rosa/RS. Qual a chance de se encontrarem? É...

Páscoa... Época de comemorar o nascimento... A renovação... Mal sabiam o quanto um simples trocar de endereços eletrônicos iria mudar suas vidas...

E quanta coisa aconteceu depois... Depois...

E foi assim...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Onde colocar o sal?

Recebi por email e, infelizmente, não sei de quem é a autoria...


ONDE COLOCAR O SAL?


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! Disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.
- Não.... - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem, do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.
Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos para mudar o que somos....

sábado, 21 de março de 2009

O que é maior?

O que é maior?
O mar ou o luar?
O correr ou o suar?
A dor ou o amar? Ou a dor de amar?

O que é maior?
A saudade ou a vontade? De rever...
A solidão ou a paixão?
O medo ou a curiosidade? Quem há de saber?

O que é maior?
As linhas ou as frases? Contornos óbvios de uma idéia que se foi...
A janela ou o pulo?
O calor ou o frio?
A ausência ou a presença? Da ausência...

O que é maior?
Os pensamentos ou as ações?
Os desejos ou os segredos?
A música ou a poesia?
Os beijos...

O que é maior?
O amanhecer ou o entardecer?
O início ou o fim?
A paz ou a guerra?
O vaso ou a flor?

"...por que está amanhecendo se não vou beijar seus lábios quando você se for?"

O que é maior?

Nessas trilhas, nos atalhos, nos retornos...
Nas idas e vindas...
No gostar e no amar...

O que é maior?

Maior... Sempre haverá de ser só um...
Ainda que os gritos não ecoem em locais tão distantes...
Ainda que o silêncio tenha se tornado assustadoramente alto...
Sempre haverá de ser só um...

terça-feira, 17 de março de 2009

Sobre a Incerteza

Pensando bem o que mais dói nessa vida é a certeza...

A certeza de um não bem dito...
De um amor perdido...
Do projeto destruído...

A certeza de algo bom também termina um ciclo. Chegamos lá e agora?

A incerteza não... Essa nos faz viver mais...

Ah! É só um talvez... Posso tentar de novo...
Vou seguir em frente, o projeto vai dar certo no fim...

A incerteza desperta o que temos de melhor, nos esforçamos, sonhamos...
A certeza nos tira isso, até desanima...

Que a certeza do incerto esteja sempre presente em nós...

terça-feira, 10 de março de 2009

Sobre Desejos...

Desejos são pequenos fragmentos de pensamentos lançados ao vento que tomam diversos rumos...
Por vezes encontram seu destino e por outras se perdem no caminho...

Há os desejos puros, feitos de coração e alma... Esses dificilmente não acertam seu alvo...

Desejos...

Desejos assim são como pingos de chuva encontrando raios de sol...
Raros e de resultado inegavelmente belo...
Ainda que seja por tão pouco tempo...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Esperando

Esperando um sinal,
uma luz,

Esperando que, de alguma forma, surja algo completamente novo,
Não esperado mas desejado,
Não amado mas invejado,

Esperando,
Mas é só o segundo dia e a semana possui 7.

Enquanto isso vou ouvindo músicas no youtube...

Tudo Que Vai

Porque a gente se acostuma... E isso dá um belo texto futuro...

terça-feira, 3 de março de 2009

Broto Legal

Broto Legal
Marjorie Estiano
Composição: H.Earnhart (versão: Renato Corte Real)

Oh, oh que broto legal
Garota fenomenal
Fez um sucesso total
E abalou no festival

Logo que entrei
O broto focalizei
Ela sorriu, eu pisquei
E pra dançar logo tirei

O broto então se revelou
Mostrou ser maioral
A turma toda até parou
No rock in roll
Nós dois demos um show

Puxei o broto pra cá
Virei o broto pra lá
A turma toda gritou: rock in roll
E o rock continuou...

O broto então se revelou
Mostrou ser maioral
A turma toda até parou
No rock in roll
Nós dois demos um show

Garota fenomenal
Fez um sucesso total
E abalou no festival

Logo que entrei
O broto focalizei
Ela sorriu, eu pisquei
E pra dançar logo tirei

O broto então se revelou
Mostrou ser maioral
A turma toda até parou
No rock in roll
Nós dois demos um show

Puxei o broto pra cá
Virei o broto pra lá
A turma toda gritou: rock in roll
E o rock terminou
E o rock terminou
oh oh oh oh oh oh
E o rock terminou


A versão original é da Celly Campello mas a letra é um pouco diferente.
Gosto da música.
http://www.youtube.com/watch?v=u1IHjElhA4Q&feature=channel

Nesses dias...

Nesses dias...

Nesses dias de cansaço...
Nesses dias de solidão...
Nesses dias sem abraço...
Nesses dias de escuridão...

Procuro abrigo...
Procuro descanso..
Procuro um amigo...
Procuro porto manso...

Nesses dias de indecisão...
Nesses dias sem coração...
Nesses dias desesperados...
Nesses dias embaraçados...

Há de haver luz em algum lugar para onde ainda não olhei...
Há de haver explicação em livros...
Há de haver paz naquele canto talvez...

Nesses dias...

domingo, 1 de março de 2009

Coração

Eu sei... A culpa é minha... Não cuidei bem de ti...
Agora está me cobrando anos de negligência e imprudência...

Me perdoe se te fiz sofrer com tanta paixão... Com erros em momentos de claridade óbvia... Escolhas cuja reflexão mais profunda não me faria tê-las...

Você foi meu mais fiel confidente... Nunca consegui esconder nada de ti... E parece que tudo se acumulou ali... Em um cantinho seu que agora ameaça todo o resto...

Há coisas que nunca vão se apagar... Palavras... Momentos... Mágoas... Brigas desnecessárias... Aborrecimentos inúteis... Quando o simples era viver cada dia devagar... Com tristezas sim... Mas sem que elas deixassem tantas marcas em ti...

Não posso prometer mudar... Você nunca acreditaria... No entanto, realmente quero me importar menos com os problemas...

Eu só tenho uma coisa para pedir...

Lembre-se dos momentos bons... Das maiores emoções que vivemos... E foram muitas não é mesmo? Desta forma quem sabe haja forças para nos renovarmos e deixar esse susto como uma vaga lembrança de que a vida é valiosa demais para ser desperdiçada com preocupações...

É hora de desacelerar... Sempre te achei acelerado demais...
Não consigo escrever sem ti... Tudo bem se não me ajuda como antes... Já assumi a culpa... Vou esperar que você volte a bater alegremente em meu peito... Não estranhe os remédios... São para nos ajudar...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Eu vou tentar...

"
Vou só sem uma foto,
uma lembrança, uma canção
Te deixo de herança,
o som do velho violão
Acorde em Mi Maior
Pra você ter algo de mim
"
Eu Vou Tentar
Ira!
Composição: Rodrigo Koala

Há dias em que as músicas surgem... No rádio... Na internet... Em um CD esquecido... E do nada...

Enquanto escrevo deixo-a tocando ao fundo. Com certeza é uma bela melodia.

Já a interpretei de diversas formas, tudo depende do estado de espírito em que me encontro.
A princípio parece ser uma canção triste, fala de distância, abandono e partida... Mas seu refrão é de esperança... Fala de tentar mais uma vez, fazer sentir tudo como fosse a primeira vez...

Primeira vez... Algo tão importante e belo... Pena que as pessoas esquecem...
A espera do primeiro beijo... O beijo... O ligar no dia seguinte... O "será que ela gostou"... Estou sendo chiclete?... O próximo encontro... Abraço apertado... Te adoro... Pensei em ti... Chocolate... Flores... Desculpa, não devia ter brigado... Eu te amo...

Primeira vez...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Pinta

Hoje, durante uma aula de medicina legal cujo tema específico era identificação de corpos, me peguei pensando na minha pinta, ou sinal como falávamos no Espírito Santo.
Certo, tenho várias espalhadas pelo corpo mas uma é a mais importante. Afinal, graças a ela pude diferenciar direita e esquerda. Quando criança bastava ohar o braço e descobrir o lado esquerdo onde a pinta fez pousada.
Ainda adulto é o sinal que me guia para diferenciar. Não preciso mais olhar o braço para saber me posicionar mas a imagem mental é inevitável.

Me pergunto se sou eu quem a carrego ou o contrário seria mais verdadeiro...

E qual a moral disso tudo? Vai saber... Não fui eu quem colocou o sinal ali...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Já faz tempo...

Não sabe ao certo como tudo começou... Se foi naquele primeiro olhar ou no sorriso que se seguiu como um alerta a despertar em seu coração a profunda vontade de permanecer ali mais um pouco...
Muito menos entende quando terminou... Nas palavras não ditas, nos atos impensados ou nos momentos de desespero da ausência, os quais o fizeram projetar de sua boca e de seus dedos frases e textos que deveriam ter ido em outra direção...

Já faz tempo...

Faz tempo que o tempo não o deixa dormir em paz... Que os sonhos não fazem acordar com um cheiro diferente na manhã desperta... Que em seu peito resta indelevelmente marcado o desejo... Desejo... Ainda se pergunta o que esperar... Um afago, um afeto, um valeu à pena e sigamos em frente... Talvez isso...

Já faz tempo...

Tempo em que fecha os olhos e ainda brilha em sua mente os traços marcantes do rosto que um dia ficou tão próximo ao seu... Dos lábios quentes a molhar sua boca... Dos abraços fortes e sinceros a lembrar da saudade... E a saudade... O contar os dias, as horas, os minutos... A semana que nunca passava...

Já faz tempo...

Que o tempo não para no meio da devoção religiosamente vivida dia após dia do mais verdadeiro amor... Amor... Amor...

É...

Já faz tempo...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Testamento

Aos meus inimigos deixo minha gratidão por terem me feito querer mais de mim mesmo.
Às pessoas que magoei minhas sinceras desculpas e lamento pelo tempo não voltar a ponto de ter feito as coisas de modo diferente.
Aos meus amigos o afeto por tantas horas de alegria que passamos juntos.
Aos meus primos um agradecimento por terem sido os irmãos que nunca tive.

À minha esposa meu coração...

Aos meus filhos...
Meu sorriso...
Meu abraço e paixão...
Minha eterna esperança de que vivam em um mundo melhor.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ainda assim...

E se eu não quiser mais?
Ainda terei seus abraços...
Se optar por não te ver?
Ainda poderei ouvir sua voz ao telefone...
Se eu não te atender?
Ainda sobrarão as cartas...
Se eu parar de responder?
Silêncio.
Se eu parar de responder?
Silêncio.
Se eu parar de responder?
Ainda... Te terei nos meus sonhos... Onde os beijos, os abraços, os telefonemas e as cartas nunca deixarão de ocorrer...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Mensagem para você...

"...muito das coisas que escrevo aqui fala sobre nada...
...mas quero que saiba que esse nada é muito mais do que muitas coisas..."

Frase do filme em que duas pessoas trocam mensagens no computador. É um filme com a Meg Ryan e o Tom Hanks e, prá falar a verdade, nunca o vi inteiro...

Esse pequeno texto é revelador...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sobre Policiais

Um dia chegará o tempo em que a paz finalmente triunfará. Todos aprenderão oferecer sua outra face e a Justiça será tão presente em nossas vidas que todos os princípios de discussão e litígios findarão com apertos de mão e abraços.
Quando isso ocorrer, não mais precisaremos de policiais... Em um museu qualquer uma criança curiosa irá perguntar:
- Que roupa é essa pai?
- É a farda de um policial meu filho...
- Policial?...
- Sim, homens que vestiam uniformes para defender outros.
- Como os super-heróis?
- Não... Homens de carne e osso, com qualidades e defeitos, famílias os esperando, com nomes à mostra em sua farda para serem identificados, que se feriam como qualquer um de nós...
- Eles não existem mais?
- Existem meu filho... Esta roupa está aí para lembrar a qualquer um que pense em cometer injustiças que sempre haverá homens dipostos a arriscar sua própria vida...
- Para que as leis sejam cumpridas?
- Não... Para que a Justiça prevaleça...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Tempos de guerra

Quando os justos forem perseguidos.
Os homens de paz ridicularizados.
A honestidade se tornar exceção.
E a esperança uma centelha esquecida no coração de poucos...

Sempre haverá os heróis.
Aqueles que não se limitarão a lamentar sua má sorte.
Se inquietarão por todos.
Serão perseguidos e mortos.
Mas a esperança será novamente uma fogueira a arder no coração da humanidade.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Uma Grande Lição

Este texto é de uma complexidade tão grande que talvez me faltem palavras para transmitir meus sentimentos...

Tudo aconteceu em um belo dia de verão quando eu estava em Conceição da Barra, na praia, com meus primos. Lembro, muito nitidamente, de Tia Silvia correndo em minha direção com os braços abertos e gritando: "Você passou! Você passou".
Havia emoção em sua voz e em seus olhos, foi um longo abraço. Corri para casa e todos me davam os parabéns por ter sido aprovado na Escola Técnica Federal, na época um ensino de muita qualidade e gratuito. Minha mãe também chorava... Não lembro da minha vó neste momento...

Isso ocorreu pelo meio da manhã. Um pouco depois eu passava pela cozinha e minha vó almoçava... Ela me olhou e me disse: "Vem cá meu filho, agora é minha vez". Chorava... Posso contar nos dedos as vezes que a vi derramar lágrimas nessa vida... E me abraçou... E continuou... "Não sei o que seria de você se não tivesse passado... Como sua mãe pagaria uma escola particular para você?". Era um pranto de desabafo muito mais que alegria...

Eu tinha 13 anos... Uma criança ainda... Os anos que se seguiram não foram fáceis e naquele exato instante minha vó me ensinou algo que guardo em meu coração até hoje...

Ainda me pergunto por quanto tempo ela guardava aquela preocupação dentro de si... O peso que seu Amor não me transmitiu até a hora certa...

Não culpo ninguém pela minha, em tese, falta de opção... Não... Minha mãe foi muito além do possível para garantir meus estudos e minha formação...

Me emociono quando lembro isso... E sempre me lembro quando algo me desafia...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

4 Estações

Primavera

Chegou na estação das flores. Tempo em que a vida é celebrada e os campos se enchem de esperança nas canções alegres dos pássaros que anunciam todos os frutos que estão por vir. Em seu coração também estava presente essa espera sem fim. Decidiu-se por seguir até aquela casa e não sair dali enquanto não fosse recebido.
Bateu palmas. Apertou a campainha. Telefonou... Nada... Da rua conseguia ver os movimentos lá dentro, também escutava vozes e, vez por outra, alguém surgia em uma janela... De onde estava, pensava ver acenos em sua direção... Se enchia de alegria e acenava de volta com uma vontade profunda de entrar...
Deixou cartas e bilhetes na caixa de correio... Todos os dias voltava ali...

Verão

O clima esquentou bem como as chamas em seu coração. Afinal depois de tanta luta e espera era hora de algo novo acontecer... Já conhecia o caminho como ninguém... As ruas, as casas... E, apesar do cansaço que começava a bater, ainda passaria algum tempo seguindo por ali... Não todos os dias como antes...

Outono

As folhas começaram a cair. Ele olhava à sua volta e nada lembrava o tempo em que ali chegou. Os cantos dos pássaro se foram e o frio começava a açoitar sua alma... Sua barba há tempo não via uma lâmina e seus olhos perderam o brilho que outrora se fizera tão presente... Sentou-se de longe... A vontade de ir até a casa era grande mas já lhe faltava coragem... As pernas doíam... Olhou as mãos e as levou de encontro ao rosto... Chorou... Uma luz se acendeu... Esperança... Levantou-se com dificuldade e foi, prometendo a si mesmo que seria a última vez... E bateu palmas... E tocou a campainha... E deixou uma carta... Virou-se disposto a ir embora... Mas deteve-se mais um pouco...

Inverno

O frio chegou com força nunca vista anteriormente. Tremia. Há dias permanecera ali estático... Estava cansado... Muito cansado... Pensou em escrever a última carta... Pegou uma caneta e uma folha... As palavras saíram de maneira fácil, como as lágrimas... Pronto... Terminou... Mas não a deixou na caixa de correio... Largou ali no chão... Levantou-se... E seguiu... Em outra direção... Ia embora sem esperança e essa foi a única mudança dentro do seu coração...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Aos meus netos

Estou cuidando de seus pais...
Não há presente maior que eu possa deixar a vocês.

Vou tentar ensiná-los a serem tolerantes com seus erros.
Pacientes com seus medos.
Encorajadores em seus tropeços.
Vibrantes em suas vitórias.

Que lutem por suas felicidades.
Os abracem forte quando se despedirem, ainda que vocês apenas saiam para ir à padaria.
Dancem na cozinha ou em qualquer lugar só para verem os sorrisos em seus lábios.
Beijem seus machucados, não há melhor remédio no mundo...

Cheguem exaustos de seus trabalhos mas sempre sobre energia para uma brincadeira.
Deixem os problemas do portão para fora.
Nunca duvidem que no quarto de vocês há monstros terríveis...
Que permitam que partam, na hora em que for necessário deixar o ninho, para alçar novos vôos...
E as portas de suas casas sempre fiquem abertas quando um ou outro ferimento os fizerem voltar...

Não culpem seus pais se não forem assim... Eu é que terei falhado... Sejam compreensivos com eles então...

Meu netos...

Peço a Deus que me dê forças e vida suficiente para estar com vocês...
Que meu corpo não fique tão cansado a ponto de ser incapaz de sustentá-los em meu colo...
Que minha voz permaneça forte para repreender seus pais quando os fizerem chorar...
E, principalmente, mantenha minha paixão acesa para eu poder ensiná-los a beleza escondida no sol, na lua e na chuva...

Poesia em prosa

Ela ainda estava brava, zangada e triste por coisas que ele fez e disse. Estava cansada também. Talvez de tanto amar... Queria chorar mas não conseguiu, quantas lágrimas já rolaram por aquele rosto angelical?

Ele a convidou para deitar em seu colo, a pegou suavemente pelos braços e ofereceu carinho. Acariciou seus cabelos por longos minutos enquanto olhava aquela jóia rara render-se às carícias. E dormiu ali... A boca um pouco aberta em sua docilidade infantil fez crescer no peito dele um sentimento de amor... Naquele exato instante percebeu o quanto era importante estar ali com aquela pessoa... Queria abraçar aquele pequeno sol e dizer o quanto gostaria de protegê-la a ponto de ninguém poder lhe fazer mal algum... Mas permaneceu afagando o rosto que tanta felicidade trazia... E sorriu... Um sorriso puro e belo... Imaginava com o que ela sonhava... Talvez com dias de paz em seu coração tão jovem e calejado pela dor... Os olhos dele marejaram mas conteve o pranto... Afinal era um momento bom, o despertar de um desejo de querer bem...

Ela acordou de pulo... Olhou-o e sorriu...

E o tempo parou ali...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Eu tenho um sonho...

"Eu digo a vocês, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta."

Parte do Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)


Hoje é um dia de grande esperança, não só para os americanos mas toda a humanidade deposita em Barack Hussein Obama o sonho que um dia Luther King plantou em meio ao ódio degradante da discriminação racial.

Que o sonho da paz esteja ao lado de Obama e uma grande onda ecoe pelo mundo, não destruindo mas construindo. Só o amor vence o ódio e nunca o contrário.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sonhos simples

Sonhos simples...

Sonho com beijos na água do mar...
Sol se pondo com alguém para apreciar...
Lua cheia boa de namorar...

Sonho com dias de felicidade...
Paixões a qualquer idade...
Amigos de qualidade...

Sonho com abraços apertados...
Problemas remediados...
Desesperos aliviados...

Sonhos simples...

Segura minha mão...

Há alguns anos, enquanto minha mãe arrumava coisas em casa, encontramos um boletim com notas da época em que eu deveria ter 2 ou 3 anos. É... Naquela época as crianças eram avaliadas.

Me chamou atenção o fato de eu ter tirado "D" em trabalhos manuais. Isso me explicou muitas coisas...

Até hoje sou péssimo em trabalhos manuais. No entanto, percebi que minhas mãos não são tão ruins assim. Sim, já as utilizei para socar e eu era bom nisso. Mas só hoje quando seguro outras mãos pequeninas é que vejo o quanto as minhas são importantes.

São guias para desvios de obstáculos.
Fortes para evitar tombos.
Leves para limpar assaduras.
Doces para acariciar e acalmar o medo do lobo mau ou do escuro.
Ágeis para agarrar o homem-aranha.
Referências a apontar a girafa, o elefante e as cobras no zoológico.

Um dia elas perderão suas forças...
Me resta esperar que as mão pequeninas cresçam e passem a me guiar...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Vai vida

Vai vida me mostra o que se esconde atrás de ti. Permite a mim conhecer os seus mistérios, suas formas proibidas, seus desejos secretos, impuros e puros, vastos e raros.

Vai vida mas não me leva contigo. Deixa-me aqui um pouquinho, quero ver-te de longe sem medos e com alguma paixão. Que as conseqüências de meus atos inconseqüentes não me arrastem a lugares de onde não possa desfrutar de todas as suas dádivas.

Vai vida segue firme em seus passos. Talvez eu corra para alcançar-te, estenda-me a mão então. Seja paciente comigo, ainda sou incrédulo quanto à beleza que, por vezes, me manda no simples surgir de um sol brilhante e belo.

Vai vida e traga também a chuva. Que ela não seja constante para meus olhos não se tornarem demasiadamente preenchidos de cegueira nublada e nem muito ausente a ponto de eu me acomodar. Mas que sim, me deixe sem visão quando se fizer necessário apenas ao meu coração perceber tudo o quanto presente à minha volta.

Vai vida e me ensina por fim a admirar-te,
ainda que por vezes eu não soubesse apreciar-te
e tenha me recolhido em um canto qualquer
onde minhas mágoas me fizeram odiar-te.

Vai vida, mesmo que as rimas sejam pobres...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2009

Nós, humanos, criamos a necessidade de viver ciclos. Contamos segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos...

Fazemos planos a cada ano que finda e refletimos sobres erros e acertos daquele o qual se foi.
Deixamos para trás algumas pessoas enquanto preparamos nossa casa para receber outras...

Sonhos... Jamais os retire de dentro de si...


Que venha 2009, com seus segredos e mistérios...

Sobre a dor...

Eu queria começar escrevendo sobre 2009 mas hoje é um dia em que a dor impera por ser redigida...

Há dois anos provei dor que maior não conheci na vida... Aguentei o quanto pude e desmoronei quando ela se tornou insuportável...
Lágrimas rolaram e não foram poucas...
A voz faltou...
O coração parecia parar em alguns momentos...
Os pensamentos me confundiam...
Raiva, agonia, desespero...
Ainda sinto parte daquela dor quando me pego pensando naqueles momentos.

Dizem que a dor nos faz fortes, aquela me apresentou minha fraqueza...

Mas... E louvemos o "Mas"... No meio da tormenta, a esperança surgiu gritando dentro de mim... Encontrei, ao menos por poucos dias, a fé que já foi presente em minha vida... E assim se fez...

Em cima de uma cama de hotel colocamos um travesseirinho entre nossos corpos e choramos...

E a dor, como tudo nessa vida, se foi...