Justiça!
Rasga a venda que cega teus olhos... Olha a tua volta o resultado que anos de imparcialidade fizeram... Guarda tua espada e quebra os pratos da balança para dar de comer ao povo... Faminto... Faminto física, mental e espiritualmente... Estende teus braços e protege quem mais precisa... Coloca-os atrás de ti e que teu corpo seja muro intransponível aos males que perseguem teus cidadãos...
Justiça!
Tira as armas das mãos dessas crianças e jovens que deveriam brincar e estudar... Limpa as lágrimas dos pais que não podem alimentar os próprios filhos e mostra um futuro menos doloroso... Salva nossa fauna e flora da ganância dos inescrupulosos...
Justiça!
Prepara-te para a guerra que irá se seguir... Muitos erguerão vossos poderosos exércitos contra ti... Desembainha tua espada... Não para coagir os oprimidos a permanecerem inertes como ovelhas a esperar a hora do abate, mas para cumprir tua função essencial de defender quem mais clama por ti...
Justiça!
Quando caíres, cansada e machucada, durante o combate, verás que um filho teu não fugirá à luta e nem temerá, quem te adorará, a própria morte... Muitos pularão a tua frente para defender-te, com a própria vida se preciso for...
Justiça!
Nunca desanime e não descanse até o último de teus inimigos cair por terra... Só então ensinarás a teus cidadão viver em paz... Venda teus olhos... Arruma tua balança... E mantenha a espada... Mas fica atenta para não cometer o erro de assistir, impassível, qualquer faísca de injustiça...