segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

2008...

Bom, este é meu último texto de 2008.

2008.

Se há uma palavra que vai me fazer lembrar dete ano será Reconstrução.
As decepções foram grandes mas ao longo da caminhada encontrei bons amigos que me carregaram nos dias que as pernas faltaram...

Foi um ano de conquistas também. De planejamento e sonhos.

Não vou me alongar muito... Estou aprendendo a me conter quando escrevo...

Que venha 2009.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Mochila nas costas

Ela estava decidida. Não iria trabalhar em janeiro. Não. Precisava ficar só para voltar a se conhecer. Merecia isso depois de tanta falta de tempo para si. Colocaria sua mochila nas costas e sairia pela vida. Amigos não lhe faltavam. Talvez virasse hippie (só manteria os velhos rituais de depilação). O que importava era ir. A máquina de bronzeamento artificial já lhe deixara pronta para seguir ao litoral, apesar da claustrofobia que sentira dentro daquele aparelho.
Pegou a mochila então e abriu seu roupeiro. Uma a uma as peças foram se acomodando nos espaços vazios que foram se preenchendo de roupas e sonhos. Pronto. Tudo posto. Olhou para o armário e viu seu vestido cinza. Sorriu. Pegou-o e o abraçou. Os olhos lacrimejaram. Com ele ficava maravilhosamente bela. Necessitava levá-lo, ainda que não o vestisse permaneceria ali para lembrá-la o quanto era especial.

Colocou tudo nas costas, que lhe pareceram mais leves que sem a bolsa. Um último pensamento e foi-se... Sem olhar para trás... Na certeza de que Felicidade só rima com felicidade...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Sobre demônios

Precisamos ter cuidado com os pequenos demônios os quais criamos dentro de nós. Alguns se tornam tão grandes que passam a dominar nossos atos. Nos levam a um abismo sem fim.

É imperioso enfrentá-los em algum momento. Não é fácil encarar-se de frente e perceber o quanto o coração foi corroído por ações impensadas em momentos de total entrega ao nosso lado obscuro.

Primeiro necessitamos treinar com os demônios menores. Dizimando um a um. Aprendendo a reconhecê-los. Analisando seus pontos de fragilidade e tornando-nos mais fortes. Até que chega a hora...

A luta será dura e cruel. Por vezes desigual. No entanto, os grandes demônios urgem por serem combatidos e, ainda que vençam uma ou outra batalha, não podem se sentir acomodados.
Haverá a hora de recolher a espada e recuperar forças, bem como chegará o momento de arriscar-se.

No fim, estaremos exaustos e feridos. Mas eles ficarão muito mais e partirão do peito. O coração se tornará de novo puro.

Porém, mantenha em um canto escondido e sob controle alguns pequenos demônios. Além de fazerem parte do eterno equilíbrio natural, servirão para nunca esquecermos do que podem vir a se tornar...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Então é Natal...

Pensei muito em algo para escrever hoje, agora são 23:00hs mas ainda é dia 25.

O Natal sempre me trará boas recordações... Das festas na casa da minha vó e minha tia Silvia, da minha mãe, dos meus tios e primos...

Mesmo que esteja distante no tempo e no espaço, boa parte dos meus pensamentos estão lá... Em Vitória... Na alegria da família reunida...

Não que eu esteja reclamando, de modo algum... Hoje foi um dia formidável... É só saudade de um tempo onde minha preocupação era abrir os presentes pela manhã...

Então é assim...
É Natal...

Feliz Natal a todos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ela entrou e eu estava ali...

Ali(Samuel Rosa / Nando Reis)
"Ela entrou e eu estava ali ou será que fui eu que ali entrei
sem sequer pedir a menor licença?
Ela de batom caqui com os olhos olhava o que eu não sei
olhos de águas vindas de outros oceanos
Ela me olhou, quem?
quem sabe com ela
eu veria as tardes que sempre me passaram como imagens, como invenção
e se eu não posso ter eu fico imaginando, eu fico imaginando
Virá com ela que entrega, virá sim, assim virá que eu vi
Virá ou ela me espera
Virá pois ela estava ali
Ela amou o que estava ali ou será que foi dela o que eu já amei
como os laços fixos de uma residência
Ela: Alô!? e eu não reagi
com os olhos olhava o que eu lembrei quando estava indo em outra direção
Ela me olhou, vem!
Quem sabe com ela eu veria as tardes que sempre me faltaram como miragens, como ilusão
E se eu não posso ver eu fico imaginando
Virá com ela que entrega, virá sim, assim virá que eu vi
Virá ou ela me espera, virá pois ela está ali
ela andou e eu fiquei ali ou será que fui eu que dali mudei
com os passos mudos de uma reticencia
Se eu não posso ver, eu fico imaginando, eu fico imaginando
Virá com ela que entrega, virá sim, assim virá que eu vi
Virá ou ela me espera, virá pois ela está ali"


Essa música me lembra Felicidade. E Ponto.

Jairo Maia

"Senhor,

No silêncio deste dia que amanhece,
Venho pedir-te a Paz, a Sabedoria, a Força.
Quero olhar hoje o mundo com os olhos cheios de amor,
Ser paciente, compreensivo, manso e prudente.
Quero ver, além das aparências teus filhos,
Como Tu mesmo os vês,
E assim, Senhor, não ver senão o Bem de cada um.
Fecha meus ouvidos a toda a calúnia.
Guarda minha língua de toda a maldade.
Que só de bênçãos se encha a minha alma.
Que eu seja tão bom e alegre,
Que todos aqueles que se aproximem de mim
Sintam a Tua Presença.
Reveste-me de Tua Beleza, Senhor
E que no decurso deste dia, eu Te revele a todos."


Essa era a oração, com algumas poucas alterações, que iniciava um programa chamado "Jairo Maia" em uma rádio AM do Espírito Santo, meu estado.
Infelizmente não sei quem é o autor.
Ontem me lembrei dela... De um tempo em que eu era só uma criança na casa da minha vó. Todos os dias ela ouvia esse programa...
Incrível como a oração me marcou. Minha vó... Talvez eu nunca saiba te dizer o quanto sou grato por me ensinar tanto... Ainda que seu Amor nunca tenha me cobrado nada...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Sobre Heróis

Todos precisamos de heróis. Nas mais diversas culturas, em todas as épocas, a humanidade sempre criou mitos, pessoas, deuses ou semi-deuses com poderes capazes de salvar e levar justiça a quem precisa.
Paradoxalmente, também foram gerados super-vilões, mas isso é outra história...

De todas as lendas modernas, idiscutivelmente o super-homem se tornou destaque.

Um alienígena com habilidades especiais criado por humanos do interior dos EUA.

Quando criança, sempre colocava uma capa e me imaginava como ele. Voando, peito de aço, mais rápido que uma bala, visão de raio-x, raios de calor emitidos pelos olhos...

Mas eu cresci... E deixei de usar a capa. Percebi também que não era um alienígena capaz de enxergar através das coisas, voar ou ter qualquer força sobre-humana.

No entanto, algo me chama atenção e me faz refletir há algum tempo.

Retiremos do super-homem todos os seus poderes extraterrenos. O que fica?

Sua incorruptibilidade.
Seu altruísmo.
A imensa capacidade de buscar justiça.
Compaixão mesmo para com seus piores inimigos.
Vontade de tornar o mundo melhor.

Características que todos nós "humanos" temos ao nosso alcance. Certo. Eu sei. Com poderes é mais fácil. Porém, seria igualmente mais cômodo usá-los em proveito próprio.

Precisamos de heróis... Não indefectíveis... Humanos...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Bom Dia Sol...

Bom dia sol!
Mimiu bem?
Obrigado por nos dar sua luz, seu calor...
Passa o dia com a gente?

E há quem diga que educar é algo complicado...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Daqui a algum tempo.

Daqui a algum tempo...
... quando as folhas secas caírem ao chão.
... quando os últimos flocos de neve secarem.
... quando as primeiras flores surgirem.
... quando o sol arder e os corpos descascarem.

Daqui a algum tempo...
... quando os dias passarem sem preocupações.
... quando as lembranças não vierem acompanhadas desse aperto no peito.
... quando a lua estiver cheia.
... quando os caminhos surgirem mais claros.

Daqui a algum tempo...
... quando o pranto secar.
... quando o sorriso surgir fácil.
... quando as músicas ressoarem.
... quando os filmes forem novamente diversão.

Daqui a algum tempo...

Vou subir em um pé de carambola.
Vou correr atrás de borboleta.
Vou acordar meio-dia.
Vou jogar bola no morro.

Vou, enfim, viver...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

She's not crying anymore

"Um sorriso em seu olhar
Diz pra mim que um outro alguém
Já tomou o meu lugar"

Composição: Billy Ray Cyrus / Terry Shelton / Buddy Cannon - Letra em português: Chitãozinho / Xororó

Tá! Tudo bem! Eu confesso! Gosto de música sertaneja.

Sei que são taxadas de brega mas muitas possuem uma poesia pouco vista em outros ritmos. Essa em especial é de uma beleza fantástica, peguei um pequeno trecho e nele já tiramos muitas coisas.

Se pensam que vou comentá-lo... Não vou. Disse que iria mudar. Me adaptar. Ver as coisas por um ângulo que me fosse favorável. Gosto da música e pronto.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Sobre o Infinito

Ontem, hoje de madrugada em meu plantão, me peguei lembrando de algo que aconteceu há algum tempo. Quando o Rodrigo curioso conheceu, sem entender, o conceito de infinito. Ele ia pela segunda série do antigo primeiro grau, tinha os seus 6 anos de idade.
Tenho uma recordação viva de caminhar com minha mãe pela rua após a Benjamin Franklin, onde morávamos, em direção à escola. Ela para lecionar e eu fazer milhares de perguntas.
- Mãe! O que é infinito?
- É quando algo nunca termina meu filho.
- Como algo pode nunca terminar?
- Veja as estrelas, as areias do mar...
- Mas e se eu contasse todas as areias e estrelas?
E assim seguiu a conversa.

Mais tarde em bancos acadêmicos ele conheceu bem o que é o infinito. Entre limites, derivadas e equações diferenciais. Mas há uma forma mais simples de demonstrar o infinito.

Imaginemos que eu e você estejamos separados por uma distância de mil metros. Daí eu tento me aproximar andando por vez a metade do caminho que nos separa. Então, na primeira vez, eu andaria 500 metros e faltariam mais quinhentos. Depois andaria 250 metros e restariam mais 250 metros. E assim por diante. A cada passo eu me aproximo mais mas nunca chegaria em ti de fato. Obviamente que deveríamos considerar os corpos como pontos de massa desprezível.
Este é o conceito de infinito, algo que podemos nos aproximar sem nunca tocar.

No entanto, se me perguntarem sobre o infinito responderei assim:

Infinita é a saudade...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sobre o Silêncio

Haverá os dias em que os gritos serão verdadeiramente altos, mas de um vazio inexorável capaz de torná-los inaudíveis.
E existirá o tempo em que o silêncio restará absurdamente presente ecoando de forma inóspita em nossas almas e corações...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Chove Chuva

Chove Chuva e lave
e leve...

Lave minha alma e apague meu pranto.
Leve todo ódio e toda mágoa.

Lave meu jardim e leve toda lama que ali estiver.
E deixe minha esperança, mas leve um pouco para que eu não espere tanto.

Deixe a saudade, toda ela... A empilhei no canto mais alto.
Leve meus medos e minhas paixões. Deixe meus sonhos, por favor...

Lave meu telhado para que de longe eu seja visto.
Leve a poeira e deixe um pouco do mofo, ele combina com os cantos escuros.

Lave e me deixe leve.
Feliz.

Chove Chuva.

Quando a hora chegar.

Quando a hora chegar.

Não vou me apressar, ficarei calmo.
Vestirei minha armadura e farei uma pequena prece.
Elevarei meu pensamento.
Sentirei medo.
Mas irei à luta.
A vitória será bem vinda.
A derrota uma possibilidade, tempo de aprender com os erros.

Voltarei exausto.
Retirarei as roupas, rasgadas, sujas e cheias de sangue.
Tomarei um banho, frio.
Sentarei na varanda e refletirei.
Fecharei meus olhos, lágrimas irão rolar.

Por fim, nada mais restará.
Das roupas me livrarei.
Os pensamentos sumirão com os tempos de prosperidade.
E restará a saudade.
Que diminuirá...

Este é o preço da paz...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sobre qualquer coisa

Não é um texto sobre nada...

Já vi diversos escritores dizendo que escrever é questão de se acostumar. Precisa treinar todos os dias.
Estou longe de ser escritor, mas gosto de digitar coisas aqui. Atualmente ando muito dependente de inspiração e, sinceramente, quero voltar a escrever como antes. Quando eu simplesmente parava e ordenava meus pensamentos para que os dedos transferissem ao blog...
É... Eu sei... Aquela poesia se foi...

Então é hora de tentar outros caminhos. Não vou me prometer nada mais, afinal sou péssimo com isso. No entanto, estou disposto a tentar. Perdi muitos dos meus textos em momentos ímpares nos quais os apaguei sem fazer cópia. Me arrependo por isso... Havia muita coisa boa ali. E falo assim porque quero encarar os fatos pela primeira vez de um ponto onde o ângulo me seja favorável.

E assim, espero voltar a escrever. Não com antes, seria impossível. De um jeito novo...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

03 de Dezembro

Eu criei e apaguei alguns blogs, os motivos são muito pessoais... Tinha decidido não criar mais nenhum até que percebi minha necessidade de escrever.

Hoje é um desses dias em que necessito escrever algo, como se meus dedos criassem vida própria e de tecla em tecla vão formando palavras e frases inteiras...

"Se valeu à pena? Você me pergunta se valeu à pena? Vivi cada momento, aproveitei todos os abraços mesmo tendo ficado a vontade de ter dado um último, molhei minha boca nos seus lábios e trocaria a eternidade por aquele instante, deitei meu corpo sobre o seu e nunca me senti tão em paz. Se valeu à pena? Silêncio. Seu oi em meio a um sorriso ficou gravado na minha alma, os telefonemas de madrugada com sua voz abafada pelos cobertores, aquela música que nem posso mais ouvir de tanta saudade a apertar meu peito... Eu sei, às vezes dói, é difícil... Mas ainda assim eu te digo sem ter o menor medo de errar: Sim, valeu à pena. Apesar de tudo, mais valem os poucos momentos em que seus pensamentos se fizeram meus seguidos dessa ausência, tão presente hoje, a uma vida inteira sem isso..."