sábado, 13 de dezembro de 2008

Sobre o Infinito

Ontem, hoje de madrugada em meu plantão, me peguei lembrando de algo que aconteceu há algum tempo. Quando o Rodrigo curioso conheceu, sem entender, o conceito de infinito. Ele ia pela segunda série do antigo primeiro grau, tinha os seus 6 anos de idade.
Tenho uma recordação viva de caminhar com minha mãe pela rua após a Benjamin Franklin, onde morávamos, em direção à escola. Ela para lecionar e eu fazer milhares de perguntas.
- Mãe! O que é infinito?
- É quando algo nunca termina meu filho.
- Como algo pode nunca terminar?
- Veja as estrelas, as areias do mar...
- Mas e se eu contasse todas as areias e estrelas?
E assim seguiu a conversa.

Mais tarde em bancos acadêmicos ele conheceu bem o que é o infinito. Entre limites, derivadas e equações diferenciais. Mas há uma forma mais simples de demonstrar o infinito.

Imaginemos que eu e você estejamos separados por uma distância de mil metros. Daí eu tento me aproximar andando por vez a metade do caminho que nos separa. Então, na primeira vez, eu andaria 500 metros e faltariam mais quinhentos. Depois andaria 250 metros e restariam mais 250 metros. E assim por diante. A cada passo eu me aproximo mais mas nunca chegaria em ti de fato. Obviamente que deveríamos considerar os corpos como pontos de massa desprezível.
Este é o conceito de infinito, algo que podemos nos aproximar sem nunca tocar.

No entanto, se me perguntarem sobre o infinito responderei assim:

Infinita é a saudade...