Há alguns anos, um pouco mais de dez, eu lecionava matemática e física para o antigo segundo grau. Também vivia perdido entre algoritmos, alguns irresolúveis, na faculdade de engenharia.
Entre provas e códigos de computador, encontrei um livro chamado "A arte de resolver problemas".
Não o li, apenas folheei algumas páginas e me recordo de duas técnicas para solucinar o, aparentemente, impossível.
A primeira é "dividir para conquistar", resume-se em quebrar um desafio em pequenos pedaços e, à medida em que se vai resolvendo-os, o grande se torna solucionável.
A segunda é a técnica da abstração. Quando nos deparamos com um problema costumamos nos centrar em seu entorno, perdemos horas tentando encontrar a resposta dentro da própria questão. O segredo é abstrair. Fugir daquele escopo, procurar novas variáveis, enxergar além da realidade fática que nos é apresentada.
No filme "Patch Adams, o amor é contagioso" há uma pequena menção a esta técnica. Quem viu o filme se recordará que o Patch Adams se interna em um manicômio, lá ele encontra um milionário que mostra as mãos e pergunta quantos dedos vê. Resposta imediata, cinco! Não era a correta. O segredo estava em olhar através da mão. Mudar o foco para além dela, e daí os dedos se multiplicavam.
Por diversas vezes ao longo desta vida utilizei técnicas de resolução de problemas, quer seja no meio acadêmico, quer seja nos enigmas e problemas com os quais me deparei fora dele.
O que isso tudo tem a ver com este blog? Com os temas recorrentes?
Abstraia!